Um mistério cerca o desaparecimento de Cícero da Conceição Rodrigues, de 38 anos, que morava em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Segundo familiares, a vítima saiu de São Paulo e ao chegar à Estação Rodoviária de Feira de Santana, no último sábado (20), comprou uma passagem para Aracajú, mas não embarcou.

As imagens do circuito de segurança da rodoviária registram a vítima andando tranquilamente no local. Desde então, ninguém mais conseguiu saber do paradeiro de Cícero.

Um desfecho para esta estória cercada de dúvidas pode estar nos exames que serão realizados em um corpo, encontrado em uma das margens do rio Jacuípe nesta semana.

Familiares de Cícero estiveram no Instituto Médico Legal e reconheceram o corpo. Mas, por estar em adiantado estágio de decomposição, somente exames mais específicos vão comprovar se é Cícero.

Uma ligação telefônica indica que a vítima tenha sido sequestrada. Ainda na tarde de sábado, Cícero conversou com um dos familiares e disse que estava baleado em um matagal. A conversa foi feita à noite e, logo após o telefonema, a família procurou a polícia.

Durante as investigações, os agentes recorreram às imagens do circuito de segurança da rodoviária de Feira de Santana. Nas gravações, Cícero aparece caminhando em direção à plataforma de embarque e desaparece. Um dos agravantes é a ausência de câmeras nas áreas de embarque.

A polícia trabalha com várias hipóteses. Uma delas é a de que a vítima foi atraída para fora da rodoviária e abordada por bandidos, e outra é de que ela tenha sido confundida com alguém.

Um dos relatos mais emocionantes foi feito por Cícero a uma das irmãs: “Minha Irmã vou falar a verdade. Estou aqui num matagal, já levei um tiro e eles vão me matar, cuida do meu filhinho”.

Apesar desta informação, algo que aumenta o mistério em torno do desaparecimento dele é que o corpo que parece ser de Cícero não apresenta sinais de perfuração à bala.

A polícia, no entanto, afirma que no estado em que foi encontrado o corpo, não seria possível descobrir marcas de tiros. Somente o exame cadavérico pode pôr um fim à angústia da família em saber se é ou não Cícero a vítima encontrada à beira de um rio. O caso segue em investigação no Complexo policial de Feira de Santana.Valéria Noticia