Legista do caso PC Farias contesta PM de SP e diz que filho de sargento da Rota foi assassinado




Legista contesta versão da polícia de SP para chacina de família de SP


O médico legista e professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) George Sanguinetti, que ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e Suzana Marcolino e apontar que eles foram assassinados em 1996, afirmou em entrevista ao UOL que o filho do casal de policiais militares paulistas Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13, também foi assassinado junto com os pais.

QUEM É O PERITO

  • O alagoano George Sanguinetti é médico legista desde 1971. Também é professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) nos cursos de medicina e direito, nas disciplinas de medicina legal. É coronel médico da PM de Alagoas. Sanguinetti ficou conhecido por refazer o laudo das mortes do tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Melo, PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, ocorridas em 23 de junho de 1996, assinado pelo legista Badan Palhares. O legista também trabalhou nos laudos das mortes da procuradora de Justiça de São Paulo Denise Piovani, supostamente assassinada pelo professor de direito USP Alcides Tomasetti Júnior, marido dela, em 1996. Foi contratado pelas defesas do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, ambos, condenados pela morte da menina Isabela Nardoni, do goleiro Bruno, apontado na morte da amante dele Elisa Samundio, além de ter atuado no caso do turista inglês Neil Juwwahers, preso por estar alcoolizado e encontrado morto em uma cela da Delegacia de Proteção ao turista de Fortaleza, em 2008, dentre outros casos que tramitam sob sigilo de Justiça em tribunais brasileiros e internacionais. Ele escreveu o livro A morte de PC e Suzana: o dossiê Sanguinetti.
Marcelo é até o momento o principal suspeito de ter matado o pai, o sargento da Rota (tropa de elite da PM) Luís Marcelo Pesseghini, 40, a mãe, a cabo Andréia Pesseghini, 36, a avó e uma tia avó. Para a polícia, o adolescente cometeu os quatro assassinatos entre a madrugada do último domingo (4) e a de segunda (5), com a arma da mãe, uma pistola .40, e se matou no começo da tarde de segunda, ao voltar do colégio. 
Ao analisar as fotos da sala em que Marcelo e os pais foram encontrados mortos, Sanguinetti foi categórico ao afirmar que a posição do corpo do adolescente não é compatível com a de um suicídio, e sim, com a de um assassinato.
"Há muita clareza nas posições dos corpos, que mostram que os três foram assassinados. Ao fazer os cálculos de corpos com estatura semelhantes à da mãe e do filho, podemos observar que todos foram mortos por outra pessoa", disse Sanguinetti, explicando em um cenário montado com um colchão no chão e um boneco na posição semelhante à qual Marcelo foi encontrado morto.
"A posição em que o corpo do menino caiu, com a mão direita em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo dobrado para trás, com a palma mão esquerda aberta para cima, não é compatível com a posição de um suicida, e sim, com a de uma pessoa que foi assassinada. A arma do crime também não está no local compatível, que iria aparecer na foto em cima da cama ou próximo aos joelhos do menino", explicou Sanguinetti.
Para ele, a equipe da perícia precisa refazer os cálculos do trajeto dos corpos ao serem atingidos pelos projéteis porque a conclusão está equivocada ao afirmar que o menino assassinou os pais e depois se matou. Ele explicou que não é impossível refazer os cálculos mesmo com o cenário desfeito e que os peritos devem se basear nas imagens para concluir "claramente" que o menino também foi vítima.
Vela No Link.http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2013/08/11/legista-do-caso-pc-farias-contesta-pm-de-sp-e-diz-que-filho-de-sargento-da-rota-foi-assassinado.htm

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