Facebook cumpre ordem judicial, apaga posts e não sairá do ar
Depois de a Justiça de São Paulo ter ameaçado retirar o site
do ar, o Facebook cumpriu a decisão judicial e excluiu nesta quinta-feira (3)
as postagens sobre o caso da briga entre a apresentadora Luize Altenhofen e o
dentista Eudes Gondin Jr. por causa do pit bull dela.
Uma decisão 1ª Vara Cível da Comarca de São Paulo deu prazo
de 48 horas para que o Facebook retirasse do ar mensagens publicadas. Do
contrário, a rede social seria tirada tirada do ar, por meio do bloqueio do
acesso feito por provedores.
Segundo o Facebook, a ordem judicial foi cumprida, porque
dessa vez a defesa de Gondim Jr. enviou os links corretos das páginas.
"Uma vez informado o conteúdo ilegal em questão, a ordem judicial foi
cumprida", afirmou a empresa, em comunicado.
O site foi pego no fogo cruzado entre uma disputa judicial
que começou em janeiro deste ano entre a ex-Miss Brasil Internacional e o
dentista. Morador do bairro do Butantã, zona Oeste de São Paulo, o mesmo que
Luize, Gondim Jr. bateu com uma barra de ferro em um dos cachorros da raça pit
bull da apresentadora. Segundo o dentista, o animal tentou atacar a ele, sua
mulher e sua filha.
O cão teve convulsões e foi levado pela polícia ao
veterinário. No mesmo dia, Luize arrebentou o portão da casa do dentista com
sua caminhonete Amarok. Gondim registrou dois boletins de ocorrência, um pelo
ataque do animal, outro pelo acidente com o veículo.
De acordo com a polícia, Luize disse que não conseguiu
acionar o pedal do freio, o que causou a colisão, quando estava se dirigindo à
clínica veterinária onde o pit bull estava.
O assunto foi parar no Facebook, em postagens que o dentista
pede para retirar. O TJ-SP determinou que a rede social retirasse as
publicações em abril deste ano e reiterou sua determinação em junho.
Descumprimento
Descumprindo da decisão, a empresa alegou que o “Facebook
Brasil não é o responsável pelo gerenciamento e do conteúdo e da infraestrutura
do Site Facebook”.
E completou: “Essa incumbência compete a duas outras
empresas distintas e autônomas, denominadas Facebook Inc. e Facebook Ireland
LTD., localizados nos Estado Unidos da América e Irlanda,
respectivamente".
O juiz do caso, Régis Rodrigues Bonvicino, considerou a
declaração “afrontosa à soberania brasileira”. “Se o Facebook opera no Brasil,
ele está sujeito às leis brasileiras”, escreveu.
G1 SP
0 comentários
Faça Aqui Seu Comentário.