BRASIL Com 34 mortos confirmados, tragédia de Brumadinho já supera Mariana

 Tragédia da barragem da Samarco em Mariana
Com 34 mortos confirmados pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, a tragédia de Brumadinho já é visto como o maior desastre ambiental da história do país. O número de vítimas fatais já superou a quantidade de óbitos registrados em Mariana (MG), há três anos. Na ocasião, 19 pessoas perderam a vida após o rompimento da barragem da empresa Samarco.
Mais cedo, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar as causas do rompimento da barragem no município mineiro situado a 70 km de Belo Horizonte. A corporação apura crimes ambientais e contra a vida. O objetivo é apontar a autoria dos responsáveis pelo desastre.
De acordo com a PF, serão realizados interrogatórios, buscas por documentos e diligências para investigar a materialidade da ruptura da bacia que resultou no desaparecimento de centenas de pessoas. Segundo os bombeiros, 46 foram localizadas vivas.

Ainda de acordo com o levantamento, 86 famílias da comunidade de Brumadinho estão cadastradas no banco de contatos do governo, em busca de parentes. Mais cedo, a Justiça de Minas Gerais determinou o bloqueio de R$ 5 bilhões da empresa Vale, responsável por administrar a barragem
A Vale atualizou na manhã deste sábado a lista de funcionários sem contato, no site da empresa. O número estava em 412. Além do documento, a empresa disponibilizou um telefone para que as pessoas possam ligar e se identificar, caso estejam fora de perigo, mas seus nomes estejam na relação: 0800 821 500.
Em paralelo, a Polícia Civil de Minas Gerais abriu inquérito a fim de investigar e identificar os autores dos danos contra as vítimas e contra o meio ambiente. O caso está sob a responsabilidade do delegado Luiz Otávio, da Delegacia de Meio Ambiente.
De acordo com o comandante da corporação, coronel Leão, as buscas por vítimas estão concentradas em quatro pontos: um ônibus de funcionários encontrado soterrado, uma locomotiva, um prédio e a comunidade Parque da Cachoeira.
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GUI PRÍMOLA/METRÓPOLES
A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou a tragédia com o rompimento da barragem da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho (MG). Em nota, a instituição afirmou que as “perdas de vidas e os significativos danos ao meio ambiente e assentamentos humanos são incomensuráveis”.
O texto também diz que a ONU está à disposição para apoiar as ações das autoridades brasileiras na rápida remoção das vítimas e no estabelecimento de condições dignas aos eventuais desabrigados e à população atingida.
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O Corpo de Bombeiros montou a operação nas proximidades de um campo de futebol. O local está sendo utilizado como área de avaliação e triagem de vítimas para atendimento médico. Quase 100 bombeiros foram deslocados para a região e o efetivo será dobrado neste sábado (26). Seis aeronaves da corporação estão envolvidas nos resgates.
Desastre
A barragem Mina Feijão, em Brumadinho (MG), rompeu-se por volta das 13h dessa sexta (25/1). O vazamento de lama fez com que uma outra barragem da Vale, ao lado, transbordasse. O restaurante da companhia no local foi soterrado e o prédio administrativo também foi atingido.
A lama se espalhou pela cidade e moradores precisaram deixar as casas. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local montaram gabinetes de crise e deslocaram autoridades para a região.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), sobrevoaram a localidade da tragédia neste sábado (26). A Prefeitura Municipal de Brumadinho chegou a pedir, por meio das redes sociais, que a população da cidade mantenha distância do Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco.
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